Secretário de Estado dos EUA realiza visita a Pequim
15:45, 08 Out•PEQUIM•
ZFD
(ANSA) - O secretário de Estado norte-americano,
Mike Pompeo, iniciou nesta segunda-feira (8) uma visita à China.
Ele se reuniu com o ministro da Relações Exteriores local, Wang
Yi, para atualizar as autoridades chinesas sobre os diálogos com
o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para a desnuclearização da
península norte-coreana e trocou farpas sobre as relações
comerciais e militares entre os dois países.
"Recentemente, os Estados Unidos realizaram aumentos constantes
no atrito comercial com relação à China. O país também adotou
uma série de ações que prejudicam os direitos da China", disse
Wang, durante entrevista conjunta com Pompeo, referindo-se às
taxas comerciais impostas pelos Estados Unidos às importações de
produtos chineses sobre mais de US$ 250 bilhões em mercadorias,
além de atacar a aprovação de venda de armas a Taiwan, feita na
última semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O
território do sul da China busca a independência e o apoio do
magnata republicano é visto como uma provocação por Pequim.
"Nós acreditamos que esse foi um ataque à nossa confiança mútua,
que joga uma sombra nas relações entre China e Estados Unidos.
Nós exigimos que os Estados Unidos suspendam essas ações
equivocadas ", acrescentou Wang.
"Sobre as questões que o senhor elencou, nós temos uma
discordância fundamental. Temos grandes preocupações sobre as
ações que a China vem tomando e eu gostaria de ter a
oportunidade de discutir cada uma delas hoje, porque essa é uma
relação incrivelmente importante", respondeu Pompeo que, na
semana passada, acusou Pequim de fazer "esforços malignos" para
prejudicar o presidente norte-americano, Donald Trump, nas
eleições de meio de mandato, em novembro, além de criticar ações
militares chinesas "inconsequentes" no sul do mar da China.
Pompeo disse a Wang Wi que fez "progresso significante" sobre
questão nuclear na Coreia do Norte e que ele e Kim Jong-un estão
próximos de marcar a data para uma nova reunião Donald Trump e o
líder norte-coreano. (ANSA)