Retrospectiva/1º ano do governo Trump contado pelo Twitter(2)
Mesmo em meio a dificuldades, magnata não se desconectou
08:00, 26 Dez•SÃO PAULO•
ZGT
(ANSA) - SEGUE - Até mesmo o cantor Snoopdoog
foi alvo dos comentários de Trump. Quando o rapper lançou um
videoclipe em que atirava num palhaço vestido e com as feições
do presidente, o magnata veio à tona dizer que sua carreira
estava falida.
"Vocês conseguem imaginar o choro se @SnoopDogg, com sua
carreira falida e tudo, tivesse apontado uma arma para o
Presidente Obama? Cadeia!"
Durante os primeiros meses de mandato, Trump conseguiu
confirmação do Senado para apenas 49 cargos nomeados pelo
governo. Mesmo com os republicanos tendo 52 dos 100 assentos no
Senado, uma franca maioria, Trump culpa os Democratas, afirmando
que eles obstruíram o processo.
"Os Democratas do Senado só confirmaram 48 das 197 nomeações
presidenciais. Eles não conseguem vencer então tudo que fazem é
desacelerar as coisas e obstruir!"
Outro tuíte polêmico diz respeito a uma das principais bandeiras
levantadas por Trump durante sua campanha eleitoral. O
norte-americano afirmou que o México pagaria pelo muro na
fronteira.
"Eventualmente, mas em uma data tardia para que possamos começar
cedo, o México vai pagar, de alguma forma, pelo tão necessitado
muro na fronteira".
No entanto, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, já negou
que irá tirar qualquer centavo de seu país para arcar com o
custo. Em outubro, trabalhadores iniciaram a construção de
protótipos do muro entre os dois países.
Uma das mais controversas e criticadas decisões do governo Trump
foi o afastamento repentino do diretor do FBI James Comey, em 09
de maio. Depois de demiti-lo, o magnata afirmou várias vezes que
não estava sendo investigado no processo sobre a interferência
Rússia nas eleições.
Trump cometeu uma gafe e postou em sua conta que estava, sim,
sendo investigado. O caso gerou comoção nacional nos Estados
Unidos.
"Eu estou sendo investigado por demitir o diretor do FBI pelo
homem que me disse para demitir o diretor do FBI! Caça às
bruxas".
Após diversas críticas por parte da imprensa de sua conduta e
comportamento nas redes sociais, Trump fez questão de publicar
um tuíte para dizer o que acha sobre seu hábito.
"Meu uso de mídia social não é presidencial - é PRESIDENCIAL DOS
TEMPOS MODERNOS. Faça a América Grande Novamente!"
Além disso, ele aproveitou para fazer piada de um erro de
digitação que ficou famoso: "Covfefe". Trump, sem querer, enviou
um tweet mal digitado e a repercussão foi imediata, mesmo tendo
sido apagado.
"Quem consegue adivinhar o real significado de "covfefe" ???
Divirtam-se!"
Durante este ano, Trump também não ficou calado com a expansão
dos testes de mísseis intercontinentais da Coreia do Norte e as
ameaças do ditador Kim Jong-il. Em abril, ele chegou a dizer que
o país "estava procurando por problemas".
"A Coreia do Norte está procurando por encrenca. Se a China
decidir ajudar, seria ótimo. Se não, nós resolveremos o problema
sem eles! E.U.A.", escreveu.
Embora o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, venha
tentando uma abordagem mais em torno do diálogo com os
norte-coreanos, Trump clama por sanções econômicas e militares.
"A Coreia do Norte acabou de lançar outro míssil. Esse cara não
tem nada melhor pra fazer com a vida dele?", tuitou.
O presidente dos Estados Unidos chegou a comentar que as gestões
do governo chinês para convencer a Coreia do Norte a mudar de
rumo em relação a seu programa nuclear e de mísseis surtiu pouco
efeito.
Na mensagem, Trump ainda se referiu ao líder norte-coreano, Kim
Jong Un, como "Homenzinho do Foguete".
"O enviado chinês, que acaba de retornar da Coreia do Norte,
parece não ter tido nenhum impacto sobre o Homenzinho do
Foguete", escreveu.
No que diz respeito aos confrontos violentos registrados durante
uma marcha supremacista branca em Charlottesville, na Virgínia,
Donald Trump condenou todas as ações que representam o ódio e
pediu a união dos norte-americanos em um tuíte "vago".
"Devemos estar todos unidos e condenar tudo o que representa o
ódio. Não há lugar para esse tipo de violência nos EUA. Vamos
nos unir como um só", escreveu.
Uma das últimas publicações mais polêmicas do republicano foi o
compartilhamento de três vídeos antimulçamanos que originalmente
foram postados por uma líder de um partido britânico de
extrema-direita. A primeira-ministra britânica, Theresa May,
repudiou a atitude do presidente norte-americano.
Um dos vídeos mostra o que seria um grupo de militantes
islâmicos matando um homem. O outro mostra um suposto imigrante
muçulmano batendo num rapaz holandês de muletas. O terceiro
vídeo mostra um homem que seria muçulmano destruindo uma imagem
de Nossa Senhora.
Em 2017, o uso corriqueiro dos tuítes pelo magnata foi uma
questão que ganhou importância, principalmente devido a polêmica
que as gigantes da tecnologia como Facebook, Google e Twitter se
envolveram durante o ano pelo suposto envolvimento na operação
russa de compra de anúncios para disseminar desinformação entre
os eleitores na tentativa de influenciar a eleição presidencial
dos Estados Unidos. (ANSA)