(ANSA) - Além de seus efeitos climáticos, a Corrente do Golfo tem outra função fundamental: transportar ferro e zinco.
A descoberta foi realizada pelos geógrafos e quÃmicos do Politécnico de Zurique, Tim Conway e Gregory de Souza, e aparece em uma publicação desta semana da revista "Nature".
O ferro e o zinco são vitais para as algas azuis, que graças a sua capacidade de produzir oxigênio tornam possÃvel a vida nos ambientes mais inóspitos, como águas muito quentes das fontes geotérmicas ou as geladas dos polos.
Até então, os cientistas achavam que a única fonte importante de ferro para as correntes do Atlântico Norte era o Deserto do Saara. Agora, no entanto, foram identificadas "bolsas de água" ricas em ferro e que têm a aparência de vórtices.
Mas, de acordo com os pesquisadores, a descoberta foi acidental e aconteceu através da análise de alguns dados recolhidos durante uma expedição cientÃfica na costa da América do Norte até as Bermudas.
Em uma área próxima à Corrente do Golfo, os investigadores notaram altas concentrações de ferro perto da superfÃcie do Atlântico Norte, geralmente pobre desse mineral. Eles perceberam que o barco, por casualidade, havia levantado uma amostra de um desses vórtices.
A Corrente do Golfo foi descoberta por Benjamin Franklin, em 1785. Na época, ele se perguntou por que alguns barcos levavam mais tempo para chegar da colônia norte-americana à Inglaterra do que outros, detectando a presença desse fluxo de água em movimento dentro do Atlântico Norte.
A circulação dessa corrente assegura à Europa um clima quente para a latitude em que se encontra. Também determina em boa parte a flora e fauna marinhas dos lugares pelos quais passa - por exemplo, os artrópodes e cefalópodes são mais abundantes na costa da GalÃcia que na do PaÃs Basco, onde a influência da corrente é menor. (ANSA)
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