(ANSA) - O Conselho Europeu denunciou a repressão em Hong Kong e anunciou uma limitação na exportação de produtos tecnológicos que podem ser utilizados para vigilância e repressão no território semiautônomo chinês.
A decisão tomada nesta terça-feira (28) refere-se à implementação da lei de segurança nacional, ocorrida no dia 30 de junho, e que vem sendo alvo de medidas de diversos países.
Os europeus afirmam estar "gravemente preocupados" com a adoção da legislação e que continuam a "apoiar o elevado grau de autonomia de Hong Kong no quadro do princípio 'um país, dois sistemas' e mantém a sua solidariedade ao povo ".
Além dos bloqueios na área de tecnologia, o Conselho ainda definiu "um pacote coordenado com medidas de resposta" em vários setores, incluindo a adoção da facilitação de viagens de cidadãos de Hong Kong para países da União Europeia através de concessão de vistos, de bolsas de estudo e de trocas acadêmicas.
"Depois da nossa discussão ao fim do Conselho de Assuntos Exteriores, a União Europeia concordou com o pacote", disse o alto representante para a Política Externa, Josep Borrell, ressaltando que essa á uma "clara mensagem de solidariedade" e de "apoio à autonomia" do território.
Assim como a UE, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia anunciaram uma série de medidas de retaliação contra a China pela implementação da nova lei de segurança.
A legislação causou polêmica por aplicar novas penas e mudar o texto do que se considera crimes de subversão e secessão, bem como terrorismo e interferência de governos estrangeiros. Os governos internacionais acusam Pequim de impedir os protestos dos cidadãos por mais democracia no território e de cercear a liberdade de expressão.
A acusação se justifica pelo fato do governo chinês poder instalar agências de segurança e inteligência que se submetem apenas a Pequim, não passando pelos órgãos de poder local.
Já a China diz que a lei moderniza e melhora a legislação de Hong Kong, que era muito vaga em relação a esses temas. (ANSA).
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