Um grupo de republicanos de Nova York pediu para que o deputado recém-eleito pelo partido, George Santos, renuncie ao cargo por conta da série de mentiras contadas aos eleitores para se eleger.
O pedido foi feito por políticos do condado de Nassau, do qual faz parte o distrito em que Santos foi eleito, após um órgão de vigilância apartidário acusar o deputado de ter violado leis de financiamento de campanha.
Na coletiva, Anthony D'Esposito, também eleito em novembro por um distrito de Nassau, afirmou que Santos "não tem capacidade para servir na Câmara dos Representantes".
No entanto, após o novo pedido vindo de dentro de seu partido, Santos voltou a negar que vá renunciar ao cargo - ele já vem sofrendo pressão para deixar o posto por deputados democratas. Além disso, a Promotoria de Long Island, em Nova York, também abriu um inquérito contra ele.
O filho de brasileiros foi alvo de uma série de matérias da mídia que mostraram mentiras no currículo e na vida pessoal de Santos. Entre elas, o político dizia ter se formado no Baruch College e de ter trabalhado em Wall Street no Citigroup e no Goldman Sachs. Além disso, contou que sua família era judia e teria fugido da Segunda Guerra Mundial e que sua mãe trabalhava no World Trade Center no 11 de setembro.
Também dizia ser um exemplo de sucesso do "sonho americano", tendo enriquecido por meio de seu trabalho, mas descobriu-se várias dívidas em milhares de dólares de aluguéis não quitados. Outra mentira era a de que tinha 13 imóveis próprios.
Na vida pessoal, ele se elegeu dizendo ser "abertamente homossexual", mas não contou aos eleitores que já foi casado com uma mulher e teve relacionamentos com pessoas do sexo oposto por muitos anos.
Em uma entrevista, Santos admitiu que mentiu no currículo, dizendo sequer ter ensino superior e de trabalhar para empresas que prestaram serviços pontuais para os dois grandes grupos bancários. Durante sua fala, porém, negou que esteja respondendo a crimes no Brasil, mas a Justiça do Rio de Janeiro tem um processo de fraude contra ele por assinar cheques roubados de um cliente de sua mãe.
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