O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) analisou nesta quinta-feira (29) a situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torna-lo inelegível por oito anos.
"Querem calar o maior líder da direita do Brasil", afirmou o político à ANSA, ressaltando que o ex-mandatário não é apenas o principal nome do movimento conservador brasileiro, é "um dos maiores líderes da direita mundo afora".
Para evitar que Bolsonaro fique fora da corrida para os pleitos de 2026 e 2030, caso seja condenado, Sanderson elaborou um projeto de anistia que busca "apaziguar" o ânimos "acirrados" no país após as eleições de 2022 vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por estreita margem.
"Estamos apresentando aqui na Câmara Federal um projeto de anistia para casos que configurem ilícitos eleitorais civis, que é o caso do julgamento que está sendo submetido Jair Bolsonaro, que nem crime eleitoral é", explicou o deputado federal pelo Rio Grande do Sul, um dos estados onde Bolsonaro derrotou Lula no pleito do ano passado.
"Falando entre aspas, seria um crime de menor potencial ofensivo, sem relevância penal alguma", reforçou.
Até o momento, três ministros votaram a favor e um contra a inelegibilidade de Bolsonaro no TSE, que retomará a sessão nesta sexta-feira (30) com o voto de Cármen Lúcia, que tem dado sinais de apoiar a maioria.
Bolsonaro é acusado de abuso de poder e utilização da estrutura do Estado para desqualificar o sistema de votação durante uma reunião com dezenas de embaixadores estrangeiros em julho de 2022 no Palácio de Alvorada.
"Jair Bolsonaro falou em uma reunião com embaixadores, uma reunião que não trouxe vantagem eleitoral nem prejuízo eleitoral a ninguém", argumentou Sanderson.
Por fim, o político afirmou estar otimista sobre a possibilidade de seu projeto de anistia ser aprovado na Câmara e no Senado.
"Alguns disseram que será vetado na Presidência da República, já que Lula é o principal interessado em retirar Jair Bolsonaro do processo político, mas se isso acontecer, o veto será derrubado na Câmara", conclui o congressista do PL.
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