Vindos do Brasil para libertar a Itália, mais de 450 soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) morreram na luta contra o nazifascismo.
O sacrifício dos soldados vindos do país sul-americano, que lutaram principalmente na Toscana, foi comemorado na presença do embaixador italiano no Brasil, Francesco Azzarello, e sob a liderança do chefe do Comando Militar do Leste, general do Exército André Luis Novaes Miranda, e do comandante do 21º Grupo Monte Bastione (artilharia), o coronel Flavio Henrique Pinheiro da Costa.
A cerimônia, que também contou com as presenças do cônsul-geral do Rio de Janeiro, Massimiliano Iacchini, do presidente da Leonardo Brasil, Francesco Moliterni, e do editor da Comunità Italiana, Pietro Petraglia, foi realizada no Forte do Rio Branco, em Niterói (estado do Rio de Janeiro).
O regimento de artilharia de Monte Bastione recordou o momento em que a FEB abriu fogo pela primeira vez contra os nazistas, às 14h22 do dia 16 de setembro de 1944, em Monte Bastione, nos Apeninos tosco-emilianos
A cerimônia também teve a participação de uma parente de um caído durante os ataques do Eixo a navios brasileiros, principalmente embarcações mercantis. Bombardeios que começaram em 1942, após o Brasil assinar um acordo com os Estados Unidos para a utilização de bases militares no nordeste do país. Uma ofensiva idealizada por Hitler para impedir o fornecimento de armas e matérias-primas do continente americano ao Reino Unido.
Foi precisamente na sequência destes massacres que o presidente Getúlio Vargas entrou na guerra ao lado dos EUA.
Os "pracinhas" (como eram chamados os soldados brasileiros) lutaram principalmente em lucchesia, nos Alpes Apuanos (Monte Prana), na linha de Stazzema-Fornoli, libertando Pescaglia e Borgo a Mozzano durante o avanço. Estiveram em Pietrasanta e também em Ghivizzano, Coreglia Antelminelli e Fornaci di Barga.
Durante as batalhas, foram 457 os militares da FEB que perderam a vida. Os restos mortais repousaram durante 15 anos no cemitério de San Rocco, na periferia leste de Pistoia, onde, após o regresso à terra natal, em meados da década de 1960, um sacrário foi construído em homenagem a eles. "Trouxemos todos para casa", lembrou o comandante Pinheiro da Costa, "eles se sacrificaram pela democracia". (ANSA)
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