O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu os preços da gasolina e do diesel, que foram questionados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, devido ao impacto na inflação.
Segundo a entidade que representa os importadores, a Abicom, a gasolina e o diesel estão respectivamente 6% e 5% mais caros em relação ao exterior. A Petrobras começou a aplicar uma "estratégia comercial que prioriza o não repasse da volatilidade do mercado internacional para dentro da casa do consumidor brasileiro", disse o CEO da petroleira, designado com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Este ano, a estatal alterou sua política de preços, que antes era fixada em paridade com o valor dos combustíveis no mercado internacional. Na condição de "empresa estatal mista", a Petrobras pode gerir sua estrutura de forma eficiente e rentável, ao mesmo tempo em que contribui para que o país tire proveito de sua autossuficiência em petróleo.
"Não faz sentido atuar por impulso ou açodamento", afirmou Prates em resposta ao ministro.
Desde o governo, há preocupação com o impacto do valor dos combustíveis, especialmente da gasolina, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca). Nesse sentido, Silveira afirmou que tem recebido com "serenidade" a posição de Prates e lembrou que os preços "dos combustíveis são parte essencial" para o governo cumprir a "meta de inflação" de 3,25% em 2023.
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