Os menores provenientes de países em guerra vão participar da primeira edição do evento religioso, que será encerrado no próximo domingo (26), com uma missa do Pontífice na Praça São Pedro e com o monólogo do ator italiano Roberto Benigni após a oração Regina Caeli.
Segundo publicação do "Osservatore Romano", a voz do Papa embargou de emoção ao ver diante dele algumas crianças que trazem os sinais da guerra impressos em seus corpos.
"Terrível".
Os menores vieram da Ucrânia, do hospital de Lviv, e perderam as
pernas ou as mãos, e também os pais, um sofrimento psicológico
que se soma ao físico.
O sinal mais evidente de tanta dor são as
próteses artificiais para substituir os membros mutilados.
"Mas também há cicatrizes que não podem ser vistas, como as das
vítimas do tráfico de seres humanos", acrescenta o jornal do
Vaticano.
O grupo também conta com crianças de Belarus, Indonésia e da
Palestina, com as quais o Pontífice se conectou graças a uma
videochamada feita através do celular oferecido pelo sacerdote
Marcin Schmidt, secretário-geral da Fundação Global 5P,
organizador da viagem a Roma por ocasião da "Jornada Mundial da
Criança".
O encontro ocorre um dia após Francisco receber um vídeo no qual
é saudado por várias crianças da Faixa de Gaza, palco de um
violento confronto entre Israel e o grupo fundamentalista
islâmico Hamas.
O grupo que participou da gravação faz parte da paróquia
latina Sagrada Família de Gaza e desenvolveu uma faixa colorida
com os dizeres em italiano e árabe: "Obrigado, papa Francisco,
por estar sempre conosco".
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