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'Não há prova' de ataque hacker na Venezuela, diz Centro Carter

'Não há prova' de ataque hacker na Venezuela, diz Centro Carter

Instituição foi uma dos observadores internacionais nas eleições

CARACAS, 08 de agosto de 2024, 12:55

Redação ANSA

ANSACheck
Pleito na Venezuela ocorreu no último dia 28 de julho - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pleito na Venezuela ocorreu no último dia 28 de julho - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O Centro Carter, principal observador independente nas eleições da Venezuela, afirmou nesta quinta-feira (8) que "não há evidências" de que o sistema eleitoral do país tenha sido alvo de um ataque cibernético durante o pleito presidencial de 28 de julho.
    A informação foi confirmada pela chefe da missão de observação do Centro Carter, Jennie Lincoln, à AFP, confirmando os números que dão vitória ao candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.
    Na noite das eleições, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, declarou a vitória do mandatário Nicolás Maduro sem fornecer dados das atas de voto e alegando que o CNE havia sido vítima de um ataque hacker. E, até o momento, mais de 10 dias após o término da votação, as autoridades ainda não publicaram a ata completa do pleito.
    "Existem empresas que monitoram e sabem quando há uma interrupção, mas não houve nenhuma na Venezuela no dia ou na noite das eleições", declarou Lincoln, falando dos Estados Unidos, onde a fundação está sediada.
    Além disso, ela explicou que a transmissão dos dados eleitorais "é feita através de linhas telefônicas e de telefones via satélite. Portanto, nem é feita com o computador".
    Opositores e muitos observadores acreditam que o atraso visa ajudar a evitar a divulgação de resultados reais que mostrariam que o candidato da oposição teria recebido mais votos do que Maduro.
    Por fim, o Centro Carter "analisou os números" disponíveis junto com outras organizações e universidades e "confirma Edmundo González Urrutia como o vencedor com mais de 60%" dos votos.
    "A grande irregularidade do dia da eleição foi a falta de transparência do CNE e o flagrante desrespeito às suas regras do jogo em termos de produzir o verdadeiro voto do povo venezuelano", concluiu ela.
    Vários países, incluindo os Estados Unidos e nações latino-americanas, reconheceram González Urrutia como vencedor e pediram que a Venezuela publicasse dados eleitorais. Já Brasil, Colômbia e México, que mantêm boas relações com o governo de Maduro, pediram uma "verificação imparcial" do resultado. 
   

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