Após 20 dias de calvário em uma penitenciária no Irã, a jornalista italiana Cecilia Sala está livre novamente.
O avião proveniente de Teerã com a repórter de 29 anos aterrissou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, pouco depois das 16h (horário local), encerrando um caso delicado que ocupou a diplomacia da Itália ao longo das últimas três semanas.
"Olá, voltei", disse Sala em um áudio enviado a seus colegas na Chora Media, plataforma de podcasts para onde ela trabalha.
Uma imagem publicada pelo site Il Post mostra a jornalista sorridente enquanto conversa com a premiê Giorgia Meloni. Ao fundo, também relaxados, aparecem o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.
A repórter ainda foi recebida pelos pais, Elisabetta Vernoni e Renato Sala, e pelo namorado Daniele Raineri, também jornalista.
Sala havia viajado ao Irã em 12 de dezembro para produzir uma série de entrevistas, mas acabou detida um dia antes de voltar à Itália, sob a acusação vaga de "violar as leis da República Islâmica". Ela passou todo esse período detida em uma cela sozinha.
Existe a suspeita de que a prisão da jornalista tenha sido uma retaliação pela detenção do iraniano Mohammad Abedini Najafabadi no Aeroporto de Milão-Malpensa em 16 de dezembro, a pedido da Justiça dos Estados Unidos, que o acusa de conspirar para exportar componentes eletrônicos americanos ao Irã e de colaborar em um ataque com drones que matou três militares dos EUA em uma base na Jordânia em janeiro de 2024. Teerã, no entanto, nega os rumores.
"Graças a um intenso trabalho nos canais diplomáticos e de inteligência, nossa compatriota foi libertada pelas autoridades iranianas", escreveu Meloni nas redes sociais.
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