O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, assumiu na última terça-feira (25) "total responsabilidade" por ter inserido o editor-chefe da revista Atlantic, Jeffrey Goldberg, em uma conversa confidencial sobre os planos de um ataque militar ao Iêmen.
Em uma entrevista à Fox News, o funcionário de Donald Trump admitiu que "estava errado" ao pensar que se tratava de "outra pessoa", mas também insinuou que Golberg "de alguma forma conseguiu entrar no grupo Signal".
"Assumo total responsabilidade. Eu criei o grupo. É vergonhoso.
Vamos chegar ao fundo disso", afirmou.
Waltz negou conhecer Goldberg, dizendo que "não o reconheceria se esbarrasse nele ou o visse em uma fila de policiais". Na sequência, ele começou a atacar a reputação do jornalista.
"Posso te assegurar, com 100% de certeza, que eu não o conheço.
Eu o conheço por sua péssima reputação e que faz parte da escória do jornalismo. Eu o conheço neste sentido. Ele odeia o presidente, mas eu não escrevo para ele. Não estava no meu telefone", atacou.
O jornalista foi acidentalmente adicionado a um grupo no aplicativo de mensagens criptografadas Signal, junto com o secretário de Defesa, Pete Hegseth; o vice-presidente J.D Vance; o secretário de Estado Marco Rubio; a diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard; e o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Ratcliffe, e obteve acesso a planos de guerra do governo norte-americano.
"Você já teve o contato de alguém que mostra o nome e então você tem o número de outra pessoa? É claro que não vi esse perdedor no grupo. Parecia outra pessoa. A pessoa que eu achava que estava lá nunca esteve lá", concluiu ele, recusando-se a revelar quem acreditava que estava no grupo em vez de Goldberg.
Em meio aos boatos sobre uma possível renúncia ou demissão, Waltz chegou a ser defendido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Michael Waltz aprendeu a lição e ele é um bom homem", declarou o republicano em uma entrevista à NBC News.
Jornalista publica planos de guerra dos EUA obtidos em chat
O editor-chefe da Atlantic, Jeffrey Goldberg, incluído acidentalmente em um grupo do alto escalão do governo Trump no aplicativo de mensagens Signal, publicou nesta quarta-feira (26) na revista “os planos de guerra” que teve acesso na conversa privada.
Segundo o jornalista, a decisão foi tomada depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o secretário da Defesa e os líderes da inteligência afirmaram que não havia planos de guerra ou material confidencial no chat.
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