O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, enviou nesta quarta-feira (26) um recado enfático ao presidente russo, Vladimir Putin, e "a todos que pensam" em atacar a aliança.
"Quero ser claro quando se fala da defesa da Polônia ou de qualquer outro território da Otan: se qualquer um acha, de modo equivocado, que poderá nos atacar sem sofrer consequências, saiba que a nossa reação será devastadora", ameaçou Rutte, durante visita a Varsóvia, acrescentando que o recado deve "ficar claro a Putin e a qualquer outro".
Na próxima quinta (27), o representante da Otan irá a Paris, na França, para participar de uma cúpula a respeito da Ucrânia, que há três anos está em guerra com a Rússia após forças de Moscou invadirem o seu território. A União Europeia teme por uma escalada do conflito no continente.
Paralelo a isso, hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os mais recentes ataques russos são uma prova de que Moscou não está interessada em uma "paz verdadeira".
A declaração chega no dia seguinte a um acordo mediado pelos Estados Unidos para um cessar-fogo em operações militares no Mar Negro e contra redes elétricas dos dois países em guerra.
No entanto, horas depois do anúncio, as forças russas lançaram drones suicidas Shahed, de fabricação iraniana, contra diversas regiões ucranianas. Algumas aeronaves não tripuladas foram abatidas na província de Mykolaiv, que abriga um porto homônimo no Mar Negro, fechado desde o início da invasão.
"Lançar ataques em larga escala após negociações de cessar-fogo é um sinal claro ao mundo inteiro de que Moscou não busca uma verdadeira paz", escreveu Zelensky no X.
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