(ANSA) - Um tribunal do Vaticano condenou a nove meses de prisão dois ativistas do grupo Última Geração que danificaram em agosto passado uma escultura exposta nos chamados "Museus do Papa".
Na ocasião, os italianos Ester Goffi e Guido Viero colaram suas mãos na base da icônica "Laocoonte e Seus Filhos", feita pelos escultores Agesandro, Atenodoro e Polidoro e exibida nos Museus Vaticanos. A ação danificou a antiga estátua em mármore.
A pena de prisão para os ambientalistas foi suspensa, mas eles precisarão pagar uma multa de 1,5 mil euros (R$ 7,8 mil) pelos danos provocados e outra de 120 euros (R$ 628) por transgressão.
As autoridades vaticanas também condenaram uma terceira ativista que, durante a invasão aos museus, filmou o protesto de Goffi e Viero. A ambientalista Laura Zorzini também precisará pagar uma multa de 120 euros.
Os dois indivíduos que colaram as próprias mãos no monumento, que historiadores acreditam ter sido produzido no século 1 a.C., também desembolsarão 28,1 mil euros (R$ 147,2 mil) pelos danos causados por um "adesivo sintético resistente e corrosivo".
Membros do Última Geração já promoveram inúmeros ataques em pontos turísticos de Roma, Florença e Milão. Essas ações fizeram com que o governo italiano baixasse uma lei que, entre outras penalizações, prevê multas de 20 a 60 mil euros para quem vandaliza monumentos públicos culturais.
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