(ANSA) - Mais de 81,2 milhões de seguidores no TikTok e quase 27 milhões no Instagram: esses são os números do fenômeno Khaby Lame, o tiktoker mais seguido da Itália e um dos cinco mais famosos do mundo.
Com 21 anos, o jovem senegalês vive na cidade de Chivasso, na região de Turim, e conquistou a internet após compartilhar vídeos satirizando tutoriais que ensinam métodos complicados. Em suas publicações, no entanto, Lame reage, de forma irônica, e mostra como é possível fazer as coisas de maneira simples.
O diferencial é que ele permanece em silêncio durante a gravação e mesmo assim as pessoas conseguem entender. Suas expressões faciais e gestos geralmente são motivos de risos.
Entre seus vídeos mais famosos do TikTok está o que ele compartilha um tutorial para cortar banana com um cutelo para depois descascar a fruta com as próprias mãos. Ao todo, a "receita" simples lhe rendeu quase 20 milhões de novos seguidores em apenas três semanas.
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Sua conta, criada em 15 de março de 2020, reúne milhares de fãs de todo o mundo, seja da Itália, França, Rússia, Estados Unidos e até mesmo do Brasil, cuja camiseta da seleção de futebol é usada com frequência por ele. Recentemente, Lame tornou-se o terceiro tiktoker mais seguido no mundo.
Já no Instagram, ele assumiu a liderança do ranking dos "italianos" com mais seguidores, após ultrapassar Chiara Ferragni, uma das mais famosas "influenciadores" do mundo e esposa do rapper Fedez.
Embora seja conhecido internacionalmente como um tiktoker italiano, o jovem não é oficialmente reconhecido no país europeu tendo em vista que ainda não possui cidadania italiana. Em entrevista ao jornal "The New York Times", Lame explicou que não ter o documento "é sem dúvida errado", apesar de morar na Itália desde quando tinha um ano, frequentar escolas italianas e torcer fervorosamente pela Juventus.
Para ele, no entanto, não é preciso um "papel" para se definir como italiano e a falta de um passaporte nunca lhe causou problemas, "pelo menos até agora".
O sucesso como influencer digital surgiu no início do ano passado, nos primeiros dias da pandemia de Covid-19. Na época, Lame trabalhava como operário em Chivasso, mas perdeu o emprego.
Apesar da insistência de seu pai para se candidatar a outras vagas de trabalho, o jovem começou a dedicar algumas horas de seu dia publicando vídeos no TikTok.
O senegalês apostou nas montagens dos tutoriais complicados com truques fáceis da vida cotidiana, além de dublagens e paródias. No fim dos vídeos, ele quase sempre finaliza as cenas com o mesmo movimento: estende os braços como se dissesse "pronto" e faz uma expressão engraçada com os olhos ou com a cabeça.
Mesmo ainda não gerando renda, a ascensão meteórica de Lame como criador digital fez o jovem se unir a uma agência de marketing, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera. Seu objetivo é transformar seus milhões de seguidores em uma forma de ganhar dinheiro e criar projetos em outras plataformas e redes sociais, além de ajudar os pais, que, como ele, não esperavam esse sucesso. (ANSA)
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