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Florense usa italianidade como aliada para brilhar no design

Florense usa italianidade como aliada para brilhar no design

Empresa gaúcha oferece até cursos de italiano para funcionários

SÃO PAULO, 03 de dezembro de 2024, 14:52

Redação ANSA

ANSACheck
Cozinha  'Arco ', fruto de parceria entre Florense e Pininfarina © ANSA/Divulgação

Cozinha 'Arco ', fruto de parceria entre Florense e Pininfarina © ANSA/Divulgação

A Serra Gaúcha, no interior do Rio Grande do Sul, é povoada de empresas fundadas por italianos ou ítalo-descendentes, que são o motor da economia local e simbolizam a excelência em setores que vão do design ao vinho, e muitas delas apostam no vínculo com a Itália para se manter no caminho do sucesso.
    É o caso da Florense, referência nacional e internacional em design de móveis e que promove uma série de iniciativas para ressaltar os laços com o "Belpaese", incluindo aulas de idioma e uma parceria com o renomado estúdio italiano Pininfarina.
    "Nós temos uma ligação de sangue com a Itália. Para a Florense, é superimportante manter essa relação", diz o CEO da empresa, Mateus Corradi, em entrevista à ANSA.
    A Florense foi fundada em 1953, em Flores da Cunha, nos arredores de Caxias do Sul, em uma época na qual o dialeto vêneto ainda era muito falado na região. A empresa surgiu como uma pequena marcenaria que prezava pelo "feito à mão", característica marcante do "made in Italy", e hoje é uma das principais marcas de design de alto padrão do Brasil, sempre tendo a Itália como referência.
    "A Itália é o grande país no segmento moveleiro, o grande fabricante de design mundial. Então é uma feliz coincidência termos na nossa cultura uma conexão com um país que é referência. Para a Florense, a conexão com a Itália não vai ter fim", ressalta Corradi, que é bisneto de italianos.

O CEO da Florense, Mateus Corradi, bisneto de italianos

 
    Um dos símbolos dessa proximidade é a parceria com o estúdio de design Pininfarina, que já resultou na criação da cozinha "Arco" . Além disso, mais de 50% das máquinas do parque fabril da Florense são da Itália.
    "A Pininfarina já assinava alguns projetos de prédios no Brasil e fez uma pesquisa de empresas brasileiras na linha de mobiliário. A gente se encontrou, e o match foi instantâneo. Temos várias ideias de colaboração, e a cozinha Arco é o primeiro produto que chegou ao mercado", explica o CEO da Florense.
    A italianidade também é elemento essencial no dia a dia da empresa, que oferece cursos de italiano in company para os funcionários, promove viagens de pesquisa e negócios para o Belpaese e apoia eventos voltados à comunidade ítalo-brasileira, como festivais de cinema, música e gastronomia, publicações de livros e o Italian Design Day, realizado em março passado, em Caxias do Sul.
    E isso deve se repetir em 2025, quando o Rio Grande do Sul celebrará os 150 anos da imigração italiana no estado. A Florense ainda financia a restauração de monumentos históricos, como o Campanário de Flores da Cunha e o Casarão dos Veronese, construído pelo imigrante italiano Felice Veronese no fim do século 19 e que hoje abriga um centro cultural.
    "Na Florense, a gente incentiva as pessoas a falar e aprender italiano. A gente valoriza internamente as relações e fomenta tudo o que acontece dentro do nosso circulo com a Itália", aponta Corradi.
    O CEO representa a terceira geração da família à frente da empresa e vê "boas perspectivas" para os próximos anos, inclusive com a meta de consolidar as exportações para os Estados Unidos, "que têm uma conexão muito forte com o Brasil", a partir da abertura de uma flagship da marca em Miami nesta semana.
   

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