(ANSA) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e agentes da Polícia Federal interromperam na tarde deste domingo (5) a partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A partida estava sendo realizada na Neo Química Arena, em São Paulo.
O caso envolve a descoberta de que quatro atletas da seleção argentina mentiram na declaração sanitária ao entrar no Brasil.
Lo Celso, Martínez, Buendía e Romero não informaram que tinham passado pelo Reino Unido e, assim, não cumpriram uma quarentena de 14 dias por conta da pandemia de Covid-19. Os quatro entraram em campo no último fim de semana pela Premier League.
A Anvisa, então, emitiu uma ordem neste domingo para que eles fossem deportados, mas a Federação Argentina colocou os atletas em campo.
Em entrevista à Rede Globo, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que a situação chegou a esse ponto porque houve uma série de descumprimento de orientações dadas pelo órgão.
"Eles foram contatados e deveriam ter ficado isolados no hotel. Mas, isso não foi cumprido. Eles foram ao estádio e entram em campo. Isso é, uma série de descumprimentos", disse Torres.
Ainda conforme Torres, a Anvisa não tem como fazer uma "guarda" dos atletas e esperava que as leis brasileiras fossem cumpridas.
Ele ainda informou que a informação de que os jogadores haviam mentido chegou à agência na noite deste sábado (4) e que, desde então, os procedimentos corretos foram adotados - mas desrespeitados pelos argentinos.
Jogo suspenso
Cerca de uma hora após a paralisação da partida, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) suspendeu a partida entre Brasil e Argentina e disse que a Fifa irá resolver a situação daqui por diante.
Por decisión del árbitro del partido, el encuentro organizado por FIFA entre Brasil y Argentina por las Eliminatorias para la Copa del Mundo queda suspendido.
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) September 5, 2021
Os brasileiros permaneceram em campo para um treinamento enquanto os argentinos deixaram o estádio. (ANSA).
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