(ANSA) - Um dos principais expoentes do Movimento 5 Estrelas (M5S), o ex-deputado Alessandro Di Battista, anunciou nesta quinta-feira (11) que não fará mais parte do partido populista após uma votação online decidir apoiar o economista Mario Draghi como primeiro-ministro da Itália.
"Aceito o voto mas não consigo digeri-lo. Há algum tempo não concordo com as decisões do Movimento 5 Estrelas e agora só posso me afastar", afirmou o político italiano em um vídeo no Facebook.
Di Battista, apelidado ironicamente de "Che Guevara do M5S", liderava uma das alas mais radicais da legenda que rechaça o apoio a Draghi. No entanto, mais moderados, incluindo o fundador do M5S, o comediante Beppe Grillo, e o chanceler Luigi Di Maio, sempre indicaram o desejo de embarcar no novo governo.
Na gravação, Di Battista agradece seus ex-aliados e Grillo, pelos ensinamentos, mas afirma que não pode ir contra suas ideologias políticas, mesmo se estiver errado sobre a nova administração.
"Foi uma bela história de amor, com alegrias e lutas vencidas, mas também várias decepções e algumas lutas não cumpridas ou perdidas. Eu, com todo o empenho do mundo, não posso deixar de considerar certas crenças políticas minhas", disse.
O novo governo liderado por Draghi já recebeu apoio declarado do Partido Democrático (PD), do Força Itália (FI), de centro-direita, e do Itália Viva (IV), sigla de centro que derrubou Giuseppe Conte. A Liga, de Matteo Salvini, também se mostrou disponível a apoiar o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Hoje, o M5S realizou uma votação online e 59,3% dos filiados decidiram dar um voto de confiança para Draghi. Até hoje, nunca uma eleição na plataforma Rousseau contrariou a vontade das lideranças do Movimento 5 Estrelas. (ANSA).
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