O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (8) que o candidato da oposição Edmundo González Urrutia "enfrentará graves consequências judiciais" por não comparecer a uma intimação feita pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) no âmbito da investigação sobre a regularidade da votação nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Em um vídeo gravado durante um evento público no Palácio Miraflores e divulgado em seu perfil no Instagram, o líder chavista ameaçou seu rival e o acusou de ter "se escondido".
O presidente eleito aproveitou para voltar a chamar González Urrutia de "fascista" e afirmou que os representantes dos três partidos que compõem a coalizão de seu opositor, que foram na audiência, admitiram perante os juízes que não estavam em posse das atas da eleição, o que provaria a vitória do candidato.
"Diante do tribunal eles reconheceram que não tinham nada e depois, quando saíram, disseram aos jornalistas o contrário e continuaram mentindo", concluiu Maduro.
Na última quarta-feira (7), após descumprir a intimação da Corte Suprema do país, González Urrutia admitiu que temia comparecer à câmara eleitoral por sentir-se "totalmente vulnerável devido à impotência e à violação do devido processo legal".
"Colocarei em risco não apenas a minha liberdade, mas, mais importante, a vontade do povo venezuelano expressa em 28 de julho", disse ele em carta publicada no X.
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