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Itália denuncia 'crime de guerra' em ataque de Israel à Unifil

Itália denuncia 'crime de guerra' em ataque de Israel à Unifil

Ministro descartou que bases tenham sido atingidas por erro

ROMA, 10 de outubro de 2024, 17:06

Redação ANSA

ANSACheck
Veículo blindado da Unifil em estrada no sul do Líbano - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Veículo blindado da Unifil em estrada no sul do Líbano - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O governo da Itália afirmou nesta quinta-feira (10) que os ataques de Israel contra bases da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) podem constituir "crimes de guerra" e não foram causados por "erro".
    As declarações foram dadas em uma coletiva de imprensa pelo ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto, que se reuniu com o embaixador israelense em Roma para cobrar explicações sobre o episódio.
    "Os atos hostis reiterados das forças israelenses poderiam constituir crimes de guerra. São violações gravíssimas das normas do direito internacional e injustificáveis sob qualquer motivo militar", disse Crosetto na sede do governo.
    Os ataques atingiram o quartel-general da força da ONU em Naqoura, onde dois soldados ficaram feridos na queda de uma torre de observação atacada por um tanque israelense, e as bases 1-31 e 1-32A, ambas sob comando italiano.
    Nestas duas últimas, disparos israelenses danificaram veículos, sistemas de comunicação e iluminação e estações de transmissão. "Esperamos uma resposta para entender o que levou [Israel] a fazer o que aconteceu. Não foram tiros disparados por erro", salientou o ministro da Defesa. Crosetto também rechaçou a hipótese de que o Exército israelense havia avisado a Unifil para esvaziar algumas bases no sul do Líbano. "Disse para o embaixador falar ao governo israelense que a ONU e a Itália não podem aceitar ordens do governo israelense", salientou.
    A premiê Giorgia Meloni também condenou os ataques e afirmou que episódios do tipo "são inadmissíveis". A Unifil tem um contingente de cerca de 10 mil militares, dos quais aproximadamente mil são italianos.
   

Israel diz que ordenou Unifil para ficar em locais seguros

As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que realizaram operações em Nagura, próximo a uma base da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), mas disseram que "ordenaram que as forças da ONU na área ficassem em espaços protegidos".

   O Exército israelense ainda explicou que os membros do Hezbollah "operam próximos de áreas civis no sul do Líbano".

Tajani diz que ataque de Israel à Unifil é 'inaceitável'; EUA expressam 'preocupação'

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que os ataques de Israel contra bases da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) são "inaceitáveis".

   Já Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, declarou que os Estados Unidos estão "preocupados" com os bombardeios israelenses.

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