(ANSA) - A cidade de Kenosha, no Wisconsin, foi o local de mais um caso de violência policial contra um homem negro neste domingo (23), o que causou diversos protestos antirracistas no estado. Dessa vez, um homem identificado como Jacob Blake foi baleado pelas costas por diversas vezes, a queima-roupa, por um policial branco.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, o homem aparece sendo seguido por dois policiais em uma calçada e, quando abre a porta de sua caminhonete para sentar no banco do motorista, ele é agarrado pela camisa por um dos agentes, que dispara inúmeras vezes. Assim que ouve os tiros, uma mulher se desespera ao lado do veículo.
O advogado Ben Crump, que atua em outro caso sobre o racismo, o de George Floyd, falou à imprensa norte-americana que os três filhos de Blake estavam no veículo no momento dos disparos.
Segundo a polícia de Kenosha, Blake foi levado ao hospital de Milwaukee em estado grave. A direção também informou que afastou os dois agentes.
O governador do Wisconsin, Tony Evers, usou o Twitter para falar sobre o caso.
"Nesta noite, Jacob Blake foi baleado nas costas diversas vezes, em plena luz do dia, em Kenosha, Wisconsin. Kathy e eu nos unimos a sua família, amigos e vizinhos na esperança sincera de que ele não sucumba aos ferimentos. Enquanto não temos detalhes ainda, nós sabemos com certeza que ele não é o primeiro homem negro ou pessoa que foi baleada ou machucada ou morta sem piedade nas mãos de indivíduos encarregados na aplicação da lei em nosso país", escreveu Evers.
Tonight, Jacob Blake was shot in the back multiple times, in broad daylight, in Kenosha, Wisconsin. Kathy and I join his family, friends, and neighbors in hoping earnestly that he will not succumb to his injuries.
— Governor Tony Evers (@GovEvers) August 24, 2020
O político também reafirmou que o estado "ficará ao lado daqueles que continuam a lutar por justiça, igualdade e responsabilidade para as vidas negras no nosso país - vidas como as de George Floyd, Breonna Taylor, Tony Robinson, Dontre Hamilton, Ernest Lacy e Sylville Smith". As pessoas citadas foram todas mortas por ações policiais.
Desde maio, os Estados Unidos vem sendo palco de milhares de protestos contra a violência policial, especialmente, contra pessoas pretas. O estopim das manifestações, que se espalharam pelo mundo, foi justamente a morte de Floyd que, imobilizado pelo joelho do policial Derek Chauvin em seu pescoço por mais de oito minutos, morreu a caminho do hospital. (ANSA).
Todos los Derechos Reservados. © Copyright ANSA