(ANSA) - A Rússia anunciou nesta sexta-feira (30) sanções contra oito cidadãos da União Europeia, incluindo o presidente do Parlamento do bloco, o italiano David Sassoli.
A medida, segundo o Ministério das Relações Exteriores de Moscou, é uma represália a decisões da UE de barrar a entrada de seis cidadãos russos.
Com isso, Sassoli, chefe do poder Legislativo do bloco, fica proibido de entrar na Rússia, assim como a vice-presidente de Transparência da Comissão Europeia, a tcheca Vera Jourová.
Os outros seis cidadãos da UE atingidos pela medida são Ivars Abolins e Maris Baltins, da Letônia; Jacques Maire, da França; Jorg Raupach, da Alemanha; Ana Scott, da Suécia; e Ilmar Tomusk, da Estônia.
"Tais ações da União Europeia não deixam dúvidas de que seu principal objetivo é conter o desenvolvimento de nosso país a todo custo", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia a respeito das sanções da UE, divulgadas em 2 e 22 de março.
As primeiras atingiram quatro russos e foram motivadas pelo envenenamento do líder de oposição Alexei Navalny e pela repressão a seus apoiadores, enquanto as segundas tiveram dois alvos envolvidos em perseguições à comunidade LGBTI e a oponentes políticos na Chechênia.
As duas ações foram coordenadas com os Estados Unidos.
Reação UE -
A União Europeia (UE) condenou a Rússia e afirmou que as sanções contra oito cidadãos europeus, incluindo o presidente do Parlamento do bloco, o italiano David Sassoli, impostas pelo governo de Vladimir Putin “são inaceitáveis”.
Em comunicado em conjunto, os presidentes das instituições da UE, Sassoli, Charles Michel e Ursula von der Leyen afirmam que a “UE está no direito de adotar as medidas adequadas em resposta à decisão das autoridades russas”.
“Condenamos veementemente a decisão de hoje das autoridades russas de proibir oito cidadãos da UE de entrarem no território russo. Esta ação é inaceitável, sem qualquer justificativa legal e fundamento. É dirigida diretamente à UE, não apenas para as pessoas interessadas”, diz o texto. (ANSA)
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