(ANSA) - Subiu para 18.412 o número de mortos nos ataques de Israel à Faixa de Gaza, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (12) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas.
A maior parte das vítimas, de acordo com as autoridades locais, é formada por crianças e mulheres. O boletim também contabiliza mais de 50 mil pessoas feridas durante o conflito iniciado em 7 de outubro, quando o Hamas cometeu atentados terroristas sem precedentes em Israel, deixando 1,2 mil mortos.
"A tragédia em Gaza não para de se agravar. As pessoas estão por todo lugar, vivem nas ruas, precisam de tudo e pedem o fim desse inferno na Terra", declarou o chefe da Agência da ONU para Refugiados da Palestina (Unrwa), Philippe Lazzarini, após uma visita ao enclave.
A ONU também apontou que a superlotação e as péssimas condições higiênicas nos abrigos para deslocados no sul da Faixa de Gaza provocaram um "aumento significativo" de doenças transmissíveis, como a diarreia, e de infecções respiratórias agudas.
Já o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, afirmou que a situação no enclave é "cada vez pior" e que não há "refúgios possíveis" para a população palestina.
"No G7, tínhamos pedido que as atividades militares de Israel no sul de Gaza não seguissem o mesmo esquema do norte, mas o nível de destruição segue sem precedentes", declarou o chefe da diplomacia da UE em discurso no Europarlamento.
"É um nível pior do que ocorreu em Dresden, em Colônia, e similar ao que ocorreu em Hamburgo. Tal horror não pode ser justificado com o horror de 7 de outubro", salientou Borrell, acrescentando que "deve haver outro modo de combater o Hamas, um que não cause a morte de tantas pessoas inocentes".
Israel segue resistindo a um novo acordo. "Um cessar-fogo só beneficiaria os terroristas. Se esta é a sua solução, acham que trará paz? Não sei como alguém pode se olhar no espelho e apoiar uma resolução que nem mesmo menciona a condenação do Hamas", disse o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, acusando as agências das Nações Unidas de impedirem o acesso a mais ajuda.
"Para trazer a paz, condenem o Hamas e peçam a libertação dos reféns", acrescentou.
(ANSA)
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