O governo de Nicolás Maduro expulsou dois jornalistas italianos da Venezuela na última quinta-feira (1°).
Marco Bariletti e o operador de câmera Ivo Bonato, do telejornal Tg1, da emissora pública RAI, embarcaram em um voo de retorno à Itália assim que chegaram ao aeroporto internacional Símon Bolívar, em Maiquetía, que atende a capital Caracas.
O sindicato venezuelano dos profissionais da imprensa SNTP denunciou a expulsão dos italianos, que desembarcaram no país às 12h14 (horário local) em um voo da TAP proveniente de Lisboa.
Segundo a denúncia, Bariletti e Bonato foram separados dos demais passageiros e, após terem os documentos analisados por autoridades do governo venezuelano, foram comunicados da expulsão. Em seguida, foram colocados em um voo de retorno.
O vice-premiê italiano e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, lamentou a expulsão dos jornalistas.
"Solidariedade aos dois correspondentes do Tg1 aos quais foi vetado o ingresso na Venezuela. Transparência e liberdade de imprensa são a base de um sistema democrático. A decisão de não deixá-los entrar impede que se jogue luz sobre o correto desenrolar das eleições. Não é um bom sinal", escreveu Tajani no X.
Em seguida, o ministro publicou uma mensagem em espanhol na mesma rede social para expressar seu apoio à oposição venezuelana, que acusa Maduro de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.
"A Itália apoia o povo venezuelano, que expressou sua vontade. Os resultados eleitorais foram manipulados, especialmente a transmissão de dados, segundo observadores eleitorais independentes. Como dissemos na declaração do G7: é preciso respeitar o voto democrático", acrescentou Tajani.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras tem denunciado o aumento exponencial de ataques contra jornalistas venezuelanos e estrangeiros desde as eleições. (ANSA)
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