Após sete anos de exílio voluntário, o ex-líder separatista catalão Carles Puigdemont retornou à Espanha nesta quinta-feira (8) para participar de um comício em Barcelona, perto do Parlamento da Catalunha, desafiou um mandado de prisão e depois desapareceu antes que as autoridades pudessem detê-lo.
Puigdemont ainda é alvo de um mandado de prisão emitido pelos tribunais espanhóis pelo seu papel na tentativa frustrada de secessão de 2017. Seu retorno acontece no dia em que o Parlamento catalão elegeu o novo presidente do executivo regional, o socialista Salvador Illa.
"Muitos pensaram que estariam comemorando minha prisão e pensaram que essa punição iria nos deter - e a você", disse ele perante centenas de apoiadores.
"Hoje vim lembrá-los que ainda estamos aqui! Ainda estamos aqui porque não temos o direito de desistir, o direito à autodeterminação pertence ao povo", acrescentou.
Puidgemont apareceu publicamente pela primeira vez em território espanhol desde que se mudou para a Bélgica em 2017. "Há sete anos que nos perseguem por querermos ouvir a voz do povo catalão, há sete anos que começou uma repressão muito dura", enfatizou ele após subir em um palco montado no Arco do Triunfo, em Barcelona.
Logo depois, ele desapareceu novamente. Os investigadores levantam a hipótese de que a fuga tenha sido planejada com o uso de duas viaturas.
Segundo as autoridades locais, citadas pela agência Efe, um agente da polícia catalã [Mossos d'Esquadra] foi detido por supostamente ter facilitado a fuga de Puigdemont.
A principal hipótese é que o político catalão tenha saído do centro da cidade de carro, com a colaboração de outras pessoas. A polícia realiza uma operação de busca em toda a Catalunha.
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