A Europa relembra nesta quinta-feira (8) os 68 anos da tragédia de Marcinelle, na Bélgica, que matou 262 trabalhadores, sendo 136 de nacionalidade italiana, após uma explosão na mina de Bois du Cazier.
O desastre é um dos piores do mundo envolvendo mineradores.
Hoje é um símbolo do combate às mortes por acidentes de trabalho e às condições precárias de segurança às quais muitos imigrantes eram submetidos após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
A tragédia de Marcinelle é a terceira maior em número de vítimas com imigrantes italianos em minas. As duas primeiras aconteceram nos Estados Unidos: a de Dawson, em 1913, matou 146 mineradores do país europeu, e a de Monongah, em 1907, vitimou entre 350 e mil trabalhadores, sendo a metade da Itália.
"Desde o primeiro artigo da Constituição da República [Italiana] se estabelece o inseparável vínculo entre democracia e trabalho. Respeitar a dignidade dos trabalhadores é um princípio fundamental, firmado a nível internacional e que, entretanto, ainda não foi completamente alcançado", comentou o presidente da Itália, Sergio Mattarella, sobre as vítimas na Bélgica.
Já a premiê Giorgia Meloni disse que a tragédia de Marcinelle deixou uma "marca indelével na história nacional e europeia". "É uma das páginas mais dramáticas da grande história da emigração italiana, feita de derrotas, sacrifícios, privações, mas também de sucessos, batalhas vencidas e resultados extraordinários", acrescentou.
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