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Trump cumpre ameaça tarifária, mas Canadá, China e México retaliam

Trump cumpre ameaça tarifária, mas Canadá, China e México retaliam

Países foram taxados por supostamente facilitar imigração e tráfico de drogas

PEQUIM, 02 de fevereiro de 2025, 12:45

Redação ANSA

ANSACheck
Trump acusou países de não aplicarem medidas contra tráfico e imigração © ANSA/AFP

Trump acusou países de não aplicarem medidas contra tráfico e imigração © ANSA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu sua ameaça e assinou na noite do último sábado (1º) uma ordem executiva para impor tarifas de 25% sobre as importações de Canadá e México e de 10% contra a China, mas viu os três países prometerem retaliações.
    As medidas devem entrar em vigor a partir da próxima terça-feira (4) e continuariam até que os parceiros comerciais possam controlar sua fronteira e exportação de drogas aos Estados Unidos, principalmente o fentanil.
    Trump acusa México e o Canadá de não aplicarem medidas para barrar a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Além disso, inclui também a China quando o assunto é a suposta falta de combate ao tráfico do analgésico que tem provocado uma epidemia de overdose no território norte-americano.
    Nos decretos, uma cláusula indica ainda que se os países impuserem tarifas retaliatórias, os EUA vão aumentar ainda mais as taxas.
    A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, usou as redes sociais para rebater as acusações de Trump e rejeitar "categoricamente a calúnia da Casa Branca acusando o governo mexicano de ter alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção intervencionista em nosso território".
    Sheinbaum também anunciou "medidas tarifárias em defesa dos interesses do México", contra Washington, que serão implementadas nos próximos dias.
    Já o Ministério do Comércio de Pequim reforçou que a China "se opõe firmemente" às tarifas de 10% decididas por Trump sobre as importações e garante a adoção de contramedidas correspondentes" para defender seus direitos e interesses legítimos.
    Segundo o governo de Xi Jinping, os EUA "impuseram uma tarifa adicional de 10% sobre as importações chinesas sob o pretexto da questão do fentanil", mas "a posição da China é firme e consistente e as guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores".
    A nota lembra que "o país é um dos mais severos do mundo no combate ao narcotráfico, tanto em termos de política como de implementação".
    Por sua vez, o Canadá anunciou tarifas sobre produtos dos EUA também a partir de terça-feira, informou o primeiro-ministro Justin Trudeau. "Vamos impor taxas alfandegárias de 25% sobre produtos americanos, totalizando C$ 155 bilhões".
    A primeira rodada de tarifas atingirá 30 bilhões de dólares canadenses em produtos dos EUA na terça, seguida por taxas adicionais sobre C$ 125 bilhões em produtos ao longo de três semanas. "Certamente não estamos buscando escalada, mas defenderemos o Canadá, os canadenses e os empregos canadenses", acrescentou Trudeau.
    De acordo com o premiê canadense, as tarifas serão aplicadas a "bens de uso diário", como cerveja, vinho, frutas, vegetais, eletrodomésticos, madeira, plástico e "muito mais".
    Trudeau enfatizou ainda que o conflito comercial terá "consequências reais" para os canadenses, mas também para os americanos, incluindo perdas de empregos, maiores custos com alimentos e gasolina, possíveis fechamentos de fábricas de montagem de automóveis e acesso impedido ao níquel, potássio, urânio, aço e alumínio canadenses.
   

‘Guerra tarifária não é conveniente para ninguém’, diz Itália

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse neste domingo (2) que uma “guerra tarifária não é conveniente para ninguém”.

A declaração é dada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas de 25% contra as exportações de Canadá e México e de 10% contra a China e ameaçar a União Europeia.

Em publicação nas redes sociais, o chanceler italiano destacou que “as negociações terão que levar em conta os laços entre a União Europeia e os Estados Unidos”.

“Temos ideias e uma estratégia para proteger as nossas empresas com a Itália que serão o melhor embaixador da UE no diálogo com Washington", concluiu.

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