(ANSA) - O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, cobrou nesta quinta-feira (16) a libertação de todos os reféns capturados pelo grupo fundamentalista Hamas, mas pediu que Israel "não se deixe consumir pela raiva".
As declarações foram dadas durante uma visita do chefe da diplomacia da UE ao Kibutz Be'eri, onde o Hamas matou 85 pessoas e sequestrou outras 30 nos atentados terroristas de 7 de outubro.
"Entendo seus medos e sua dor. Entendo sua ira, mas me deixem pedir para vocês não serem consumidos pela raiva", afirmou Borrell, que exigiu a "libertação imediata e incondicional dos reféns" na Faixa de Gaza.
Além disso, o alto representante da UE destacou que o país judeu "tem o direito de se defender", mas alertou que "um horror não justifica o outro". "Civis inocentes, incluindo milhares de crianças, morreram nas últimas semanas", acrescentou.
Os atentados do Hamas deixaram 1,2 mil mortos em Israel, em sua maioria civis, e o grupo também capturou mais de 200 reféns, incluindo idosos e crianças.
Desde então, a resposta israelense já matou mais de 11,5 mil pessoas em Gaza, também civis em sua maioria, sobretudo mulheres e menores de idade.
Forças de paz
Os EUA e a União Europeia têm um plano para o envio de uma força internacional de manutenção da paz para Gaza após a guerra.
A informação é da agência Bloomberg, citando fontes. Segundo elas, EUA e UE acreditam que apenas discutir a ideia poderia motivar Israel a considerar encerrar sua campanha militar e refletir sobre o que poderia acontecer em seguida.
As discussões sobre o assunto, centradas no Conselho de Segurança da ONU, ainda estão em estágio preliminar e respondem em parte às crescentes demandas por um cessar-fogo. (ANSA)
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