Quatro escolas de samba inauguraram os desfiles do Grupo Especial do Carnaval no Rio de Janeiro. Neste ano, o primeiro dia da folia destacou enredos sobre religiosidade africana, dando luz a Oxum e outras divindades dessa tradição, representadas no país pelo Candomblé e a Umbanda.
Pela primeira vez, os desfiles das 12 escolas principais foram divididos em três dias (domingo, segunda-feira e terça-feira), como lembra a Agência Brasil.
Quem abriu o Grupo Especial neste novo formato foi a Unidos de Padre Miguel, escola do bairro da zona oeste carioca que retorna ao grupo da elite do samba após 53 anos, com uma homenagem a Iyá Nassô, uma das fundadoras do Candomblé da Barroquinha, na Bahia, que deu origem ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, o templo religioso de matriz africana mais antigo do país.
Em seguida, foi a vez da Imperatriz Leopoldinense, de Ramos, na zona oeste da cidade, que acumula nove títulos no grupo principal, sendo o último em 2023. A escola apresentou o mito da viagem de Oxalá através do reino de Oyó, que aborda a origem da cerimônia das águas praticada nos templos de candomblé de todo o Brasil.
A terceira escola, Unidos do Viradouro, de Niterói, busca seu quarto título com uma homenagem ao líder do Quilombo do Catucá, em Pernambuco, João Batista, conhecido como Malunguinho, que foi perseguido e morto por tropas do Império em 1835.
O encerramento da primeira noite ficou a cargo da Estação Primeira de Mangueira, da zona norte do Rio, detentora de 20 títulos e que exaltou a cultura bantu.
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