Mais de 9 mil pessoas já deixaram a ilha de Santorini, na Grécia, após uma série de mais de 200 terremotos em apenas três dias. Os resgastes seguem nesta terça-feira (4), com aviões disponibilizados para retirar 1,4 mil indivíduos.
Os abalos sísmicos têm aumentado de intensidade desde sábado (1º) e não têm previsão para diminuir. Somente nas primeiras horas desta terça, Santorini sofreu quatro tremores de magnitude igual ou superior a 4 na escala Richter, sendo o mais forte de 4.8, com epicentro a 19 quilômetros da ilha de Amorgos, segundo o Instituto Geodinâmico do Observatório Nacional de Atenas.
Não foram registrados feridos nem danos em Santorini e nas ilhas vizinhas de Anafi, Ios e Amorgos, que também foram afetadas pela atividade sísmica. De acordo com a Organização Grega de Planejamento e Proteção Sísmica, os terremotos podem durar semanas. Além disso, especialistas admitem que nunca viram algo semelhante nessa parte da Grécia.
"Esta é a primeira vez que isso acontece", disse Athanassios Ganas, diretor de pesquisa do Instituto de Geodinâmica do Observatório Nacional, à TV estatal ERT.
Escolas das quatro ilhas seguem fechadas até sexta-feira (7) por precaução. No entanto, o chefe da Organização Grega de Planejamento e Proteção Sísmica, Efthymios Lekkas, afirmou ser improvável um terremoto superior a 6.0. "Os moradores de Santorini devem se sentir seguros. Não deve haver pânico", disse ele durante entrevista a uma TV local.
Já o primeiro-ministro grego, Kyriákos Mitsotákis, também pediu "calma" à população, ainda que tenha admitido que o fenômeno é "muito intenso".
A ilha de Santorini está situada sobre várias falhas geológicas. Com cerca de 15 mil moradores, o local atrai milhões de visitantes por ano.
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