(ANSA) - O Vaticano pretende encerrar as investigações sobre o roubo e a divulgação de documentos secretos até o dia 8 de dezembro, quando começa o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado pelo papa Francisco e considerado um dos principais eventos da Igreja Católica, disseram à ANSA fontes locais nesta segunda-feira (9).
Até o momento, as investigações estão restritas à audição de pessoas envolvidas no episódio e possíveis testemunhas, mas o Pontífice tem sido constantemente informado sobre o andamento do caso.
No último domingo (8), o Papa fez pela primeira vez uma menção explícita ao escândalo de vazamento, que tem sido chamado de "Vatileaks 2", já que, em 2012, o Vaticano foi alvo de outro caso parecido, envolvendo a divulgação de cartas do papa Bento XVI pelo mordomo Paolo Gabriele.
Em seu discurso do Ângelus, na Praça São Pedro, Francisco afirmou que "roubar documentos é um ato deplorável". Os textos vazados desta vez foram usados como base para os livros "Avarizia", do jornalista Emiliano Fitipaldi, que fala sobre os patrimônios da Igreja Católica, e para "Via Crucis", de Gianluigi Nuzzi, que conta a resistência enfrentada pelo Papa para reformar os organismos financeiros da Santa Sé.
Na semana passada, o monsenhor espanhol Lucio Vallejo Balda foi preso sob suspeita de participar do escândalo, junto com a italiana Francesca Immacolata Chaouqui, que, por sua vez, foi liberada pela polícia por colaborar com as investigações.
A hipótese é de que a dupla, que era membro da Comissão de Estudo sobre Atividades Econômicas e Administrativas, órgão criado pelo Papa para analisar a situação patrimonial da Santa Sé em vista de reformas financeiras, teria vazado alguns documentos segredos. Além disso, o computador do revisor de contas da Santa Sé, Libero Milone, fora violado em outubro. (ANSA)
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