(ANSA) - O papa Francisco defendeu nesta quarta-feira (27) o trabalho de missionários que atuam na Amazônia, faltando pouco mais de seis meses para o Sínodo dos Bispos que discutirá a preservação da floresta.
Ao fim da audiência geral no Vaticano, durante a qual homenageou Maria Concetta Esu, missionária que atua há 60 anos na África, o líder da Igreja Católica citou palavras do cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia.
"O cardeal Hummes frequentemente visita as cidades e vilarejos da Amazônia. E cada vez que ele chega - ele próprio me contou - vai ao cemitério e visita os túmulos dos missionários. Tantos jovens mortos por doenças contra as quais eles não têm anticorpos", afirmou o Papa.
"E ele me disse: 'Todos eles merecem ser canonizados, porque queimaram a vida em serviço'", acrescentou. Entre os dias 6 e 27 de outubro, o Sínodo dos Bispos discutirá novas formas de evangelização na Amazônia, a tutela de povos indígenas e a proteção do meio ambiente.
Recentemente, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reconheceu que o governo Bolsonaro está "preocupado" com o evento, afirmando que parte dos temas na pauta "afeta a soberania nacional".
A sustentabilidade ambiental é uma das bandeiras do pontificado de Francisco e tema de sua primeira encíclica, a "Louvado seja", que prega a criação de um novo modelo de desenvolvimento econômico e a preservação dos recursos naturais. (ANSA)
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