O período entre os meses de junho, julho e agosto de 2023 foi o mais quente já registrado na história da humanidade, com uma temperatura média de 16,77ºC, o que significa 0,66ºC acima do padrão para essa época do ano.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Copernicus, serviço de observação da Terra da União Europeia.
Estima-se que o mês de agosto tenha sido 1,5ºC mais quente que a média do período pré-industrial, valor estabelecido como teto de aquecimento pelo Acordo de Paris.
"Com o agosto mais quente, após os meses mais quentes de julho e junho, 2023 continua a bater recordes de temperatura global, levando o verão boreal de 2023 a ser o mais quente já registrado em nossos dados, que começam em 1940", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus.
"2023 está atualmente em segundo lugar entre os anos mais quentes, a apenas 0,01ºC de 2016 [ano recordista], faltando ainda mais quatro meses para o fim do ano", acrescentou.
Segundo ela, as provas científicas da crise climática são "esmagadoras". "Continuaremos assistindo a novos recordes climáticos e a eventos meteorológicos extremos mais intensos e frequentes", afirmou Burgess.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que os dados mostram que o "colapso climático começou". "Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos suportar", ressaltou. (ANSA)
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