A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a discussão sobre a limitação da exploração de petróleo na Amazônia gera polêmica, mas é um tema que deve ser tratado no Brasil, já que está envolvido na transição energética.
Em uma reunião virtual com correspondentes estrangeiros, a política mencionou sobre a divisão que surgiu no governo devido ao projeto de exploração das bacias da margem equatorial.
Um estudo da Petrobras estima que a região tenha uma reserva de cerca de 5,6 bilhões de barris de petróleo, que será capaz de aumentar em até 37% as reservas petrolíferas do país, atualmente fixadas em 14,8 bilhões.
"O Brasil é um país que explora petróleo, mas também é um país comprometido com a transição energética com o objetivo de ter uma matriz 100% renovável nos próximos anos. Essa é uma contradição que precisa ser resolvida", comentou Silva à ANSA.
Em maio passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) negou pela segunda vez à empresa estatal de energia uma licença devido ao risco de afetar as atividades das comunidades indígenas e a segurança da fauna local.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, alguns ministros e o chefe da Petrobras, Jean Paul Prate, se manifestaram a favor do projeto rejeitado pelo Ibama.
"Não é o Ministério do Meio Ambiente que decide, mas o Conselho Nacional de Política Energética. A concessão ou não da licença dependerá apenas de avaliações técnicas", finalizou a ministra.
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