O ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto, afirmou neste sábado (9) que a COP28 "começou bem, alcançando um acordo sobre o que era um dos temas mais preocupantes, o fundo de perdas e danos [Loss&damage]".
"Foi encontrada uma abordagem para o mecanismo do fundo, agora é necessário considerar o equilíbrio em relação às metas de Paris para evitar que a temperatura global ultrapasse 1,5 graus até 2030. Isso é difícil devido a razões de guerra, ao aumento contínuo das emissões de carbono em alguns países, e é preciso equilibrar as demandas dos 198 países, são 198 vozes a conciliar", disse, em entrevista a Skytg24.
"As tecnologias digitais e espaciais assumiram o papel de ferramentas-chave para permitir a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O desafio é conciliar a luta contra as mudanças climáticas com as necessidades de desenvolvimento solicitadas por nossos cidadãos", afirmou ele também, durante um evento em Dubai no âmbito da COP28.
"Além da participação direta nas negociações, a contribuição da Itália para a COP28 é baseada no compromisso do governo em promover ações para enfrentar o desafio das mudanças climáticas em todos os cenários internacionais, valorizando as experiências e boas práticas de nosso país", avaliou o ministro.
Ao comentar o veto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) à inclusão do compromisso de abandono gradual de combustíveis fósseis, Pichetto afirmou: "A COP28 tem a representação dos países, mas também a representação de muitos blocos de interesse. Seria surpreendente se a Opep, que representa os países produtores e vendedores de petróleo, não protegesse seus próprios interesses".
"A COP deve seguir um caminho de descarbonização, o que significa superar a fase do carvão e, em seguida, a fase do petróleo. É uma jogada de interesse puro", afirmou o ministro.
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