Um levantamento do Instituto Escolhas apontou que 94% do ouro adquirido por Alemanha, Itália e República Tcheca em 2023 foi extraído em zonas de elevado risco de ilegalidade.
A pesquisa indicou que a quantidade comprada pelos três Estados-membros da União Europeia é equivalente a 1,5 toneladas do metal precioso.
"No último ano comemoramos avanços como a adoção da nota fiscal eletrônica e o fim da presunção de boa-fé na identificação da área de extração, mas ainda há muito ouro ilegal porque há nenhum verdadeiro sistema de rastreabilidade da origem", informou o instituto.
O Brasil é o 14º maior produtor de ouro do mundo e boa parte do metal destinado à UE provém do Pará e do Amazonas, onde as autoridades locais apontam graves indícios de ilegalidade na extração e comércio, especialmente devido à fragilidade das leis.
"Enquanto os países importadores continuarem a comprar ouro de áreas sensíveis sem ter a certeza de onde vem, continuarão a estimular o mercado ilícito", alertou.
Os importadores precisam divulgar publicamente informações sobre as minas de onde saem as suas compras, como nome e localização, por exemplo.
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