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'Brasil pode perder Pantanal até fim do século', alerta Marina

'Brasil pode perder Pantanal até fim do século', alerta Marina

Ministra sugeriu criação de marco regulatório de emergência

SÃO PAULO, 04 de setembro de 2024, 14:47

Redação ANSA

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que o Brasil pode perder o Pantanal por completo até o fim deste século, se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global.
    A declaração foi dada durante sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado, que abordou as queimadas e a estiagem prolongada que atingem a maior parte do país. O problema coloca em risco a cobertura vegetal, que também sofre com o desmatamento.
    "Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é que poderemos perdê-lo até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada", alertou Marina.
    Para reverter a situação, a ministra disse que será preciso ampliar os esforços e recursos de combate às mudanças climáticas. Como medida imediata, ela sugeriu que o Congresso crie um marco regulatório de emergência climática que exclua da meta fiscal do governo federal os recursos gastos nessas condições.
    "Se tenho que agir preventivamente, como é o entendimento de Vossas Excelências e nosso, tenho que ter cobertura legal para isso", justificou.
    Marina afirmou que o governo vive um "paradoxo" com cobranças simultâneas de investimento em medidas de combate aos incêndios e empreendimentos que são "altamente retroalimentadores do fogo", apesar de não ter especificado quais empreendimentos seriam esses.
    A ministra do Meio Ambiente também ressaltou que o trabalho do atual governo iniciado em janeiro de 2023 evitou uma "situação completamente incontrolável".
    O número de incêndios no Brasil em agosto chegou a 68.635 registros, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sendo a pior marca desde 2010. De acordo com o instituto, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
   

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