Segundo relatório publicado pelo organismo, agosto passado registrou uma temperatura média de 16,82ºC, 0,71ºC acima da média do período entre 1991 e 2020 e 1,51ºC maior que a média entre 1850 e 1900, a chamada era pré-industrial, que serve de referência para metas contra o aquecimento global.
Ainda de acordo com o C3S, trata-se do 13º mês dentre 14 com recorde mensal de calor (a exceção é julho de 2024, segundo mais quente para o período), reforçando as projeções de que 2024 pode superar 2023 como ano mais quente na história.
Nos últimos 12 meses, a temperatura média global foi a mais alta já registrada em períodos de duração igual, 1,64ºC acima da era pré-industrial.
A meta mais ambiciosa do Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, mas são necessários pelo menos 20 anos acima desse patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.
Se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos, incluindo furacões, secas e inundações.
O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5ºC até o fim do século.
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