O governo Lula (PT) conversa com autoridades da União Europeia para tentar postergar a entrada em vigor da Lei Antidesmatamento (EUDR), em meio ao agravamento das queimadas que afetam a Amazônia e outros biomas brasileiros.
Fontes do governo relataram ao jornal O Globo que o aumento dos incêndios, que, segundo o Palácio do Planalto, são majoritariamente criminosos, pode ser "usado" por autoridades da UE e outros mercados importadores para desqualificar exportações do Brasil.
"Pedimos uma prorrogação para que possamos nos estruturar. Mesmo assim, o Brasil tem a produção mais sustentável do mundo e, com certeza, conseguirá entender e responder a todos os questionamentos", afirmou Roberto Pedrosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária.
De acordo com a pasta, a entrada em vigor da EUDR, prevista para 1º de janeiro de 2025, pode gerar um prejuízo de bilhões de dólares às exportações brasileiras de soja, café, cacau e produtos florestais.
Apesar das dificuldades, o diretor de Política Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Pimentel, reforçou que o Brasil está comprometido no combate às queimadas. "Chamam atenção, sem dúvida, mas existe uma atitude muito firme do governo no combate aos incêndios", garantiu.
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