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COP29 fecha acordo para mercado global de créditos de carbono

COP29 fecha acordo para mercado global de créditos de carbono

Mecanismo foi aprovado em assembleia plenária em Baku

BAKU, 23 de novembro de 2024, 17:11

Redação ANSA

ANSACheck
Assembleia plenária da COP29, em Baku - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Assembleia plenária da COP29, em Baku - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A assembleia plenária da COP29, em Baku, no Azerbaijão, aprovou neste sábado (23) as normas para a instituição de um mercado internacional de créditos de carbono, mecanismo previsto no Acordo de Paris de 2015.
    Esse era o segundo principal tema na pauta da cúpula climática, atrás apenas do fundo para auxiliar países em desenvolvimento contra o aquecimento do planeta, cujas negociações seguem travadas devido às divergências entre o Norte e o Sul globais.
    Segundo Jacopo Bencini, pesquisador do Instituto Universitário Europeu, a decisão da COP29 institui um "registro internacional de créditos de carbono" administrado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) e "as metodologias para dizer quando esse crédito é de qualidade".
    "Um Estado pode comprar um projeto de descarbonização de outro país, e o corte das emissões resultante desse projeto seria contabilizado a favor do Estado comprador", explicou o especialista à ANSA.
    O mecanismo, no entanto, é visto com desconfiança por muitos ambientalistas que acreditam que ele pode se tornar uma desculpa para países poluidores não reduzirem as próprias emissões de gases-estufa mais rapidamente. Por outro lado, defensores desse mercado avaliam que o comércio de créditos de carbono pode ajudar o desenvolvimento de países pobres.
    Empresas já compram créditos de carbono em outras nações, mas essas transações não contribuem para as metas nacionais de redução de emissões. A presidência da COP29 estima que esse mercado pode reduzir o custo de implementação dos objetivos de descarbonização de cada país em até US$ 250 bilhões por ano.
   
   

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