Os países mais vulneráveis ao aquecimento global alegam que essa cifra ainda está aquém do esperado e exigem um fundo de pelo menos US$ 1,3 trilhão ao ano para fazer frente à necessidade de desenvolver suas economias em um cenário de crise climática.
Após a nova oferta das nações ricas, os grupos de Países Menos Desenvolvidos (LDC) e de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Sids) saíram da sala de negociações em protesto. "Saímos temporariamente, mas permanecemos interessados nas negociações até obtermos um acordo equilibrado", disse no X o ministro do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas de Serra Leoa, Jiwoh Emmanuel Abdulai.
"Nós nos sentimos continuamente insultados, e nossos pedidos foram ignorados", ressaltou Cedric Schuster, presidente da Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis), em um comunicado.
O rascunho divulgado pela presidência da cúpula de Baku, no Azerbaijão, prevê um fundo de US$ 1,3 trilhão por ano, mas estabelece que a contribuição das nações ricas seria de apenas US$ 250 bilhões (cifra depois elevada para US$ 300 bilhões), e somente a partir de 2035, além de considerar também empréstimos de bancos multilaterais e instituições financeiras privadas.
Os países em desenvolvimento, no entanto, exigem um valor maior já a partir de 2025 e constituído predominantemente de doações estatais a fundo perdido. A COP29 deveria ter terminado na última sexta (22), mas as negociações avançaram pelo fim de semana devido às divergências entre o Norte e o Sul globais.
"Com a COP29 chegando a seu fim, não é surpresa que mais uma COP está fracassando. O rascunho atual é um completo desastre, e as pessoas no poder mais uma vez vão aprovar uma sentença de morte contra as incontáveis pessoas cujas vidas têm sido ou serão arruinadas pela crise climática", escreveu a ativista sueca Greta Thunberg nas redes sociais.
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