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Sonda Parker sobrevive a manobra histórica no Sol e volta a se comunicar

Sonda Parker sobrevive a manobra histórica no Sol e volta a se comunicar

Veículo bateu recorde de aproximação em relação à estrela

ROMA, 27 de dezembro de 2024, 14:05

Redação ANSA

ANSACheck
Representação artística da aproximação da sonda Parker ao Sol - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Representação artística da aproximação da sonda Parker ao Sol - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A sonda Parker, lançada pela Nasa em 2018 para estudar o Sol de perto, sobreviveu à manobra da última terça-feira (24), quando chegou a apenas 6,1 milhões de quilômetros de distância da estrela, a uma velocidade de 692 mil quilômetros por hora, dois novos recordes na história da exploração espacial.
    O veículo voltou a se comunicar com a Terra na manhã desta sexta (27), após ter dado a volta no Sol, e transmitiu um sinal mostrando que está "em boas condições e continua funcionando normalmente", segundo a Nasa.
    A aproximação inédita foi realizada às 8h53 (horário de Brasília) da véspera de Natal, quando a Parker se tornou o objeto artificial a chegar mais perto do Sol, com uma velocidade nunca antes vista em um veículo construído pelo ser humano. A expectativa é de que os dados da manobra possam começar a ser baixados na Terra a partir de janeiro.
    A Parker já realizou mais de 20 sobrevoos de aproximação na órbita da estrela, mas nunca havia chegado tão perto da coroa solar, camada mais externa da atmosfera do astro e que ainda está envolta em mistérios.
    A 6,1 milhões de quilômetros de distância do Sol, a temperatura chega a 980ºC, porém a sonda conta com um escudo térmico projetado para resistir a até 1.300ºC.
    Um dos objetivos da Parker é entender por que a coroa apresenta temperaturas mais quentes que os extratos inferiores da estrela, uma vez que se esperaria exatamente o contrário pelo fato de essa camada ser a parte mais distante do núcleo estelar.
    Além disso, a missão estuda o comportamento do vento solar, responsável pela emissão de partículas que, em contato com a atmosfera da Terra, dão origem às auroras boreal e austral, mas que também podem afetar sistemas eletrônicos.
   

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