O príncipe Harry acusa seu irmão, William, de tê-lo "agredido fisicamente" durante uma discussão em 2019 em uma parte de sua autobiografia, revelou nesta quinta-feira (5) o jornal britânico "The Guardian", que teve acesso a partes da obra.
O livro "Spare" ("Sobressalente", em tradução livre) deve começar a ser vendido na próxima semana nos Estados Unidos e no Reino Unido.
O episódio vazado pelo jornal teria ocorrido na residência oficial de Harry, em Nottingham Cottage, quando William chamou a esposa do príncipe, Meghan Markle, de "difícil" e "mal educada".
O mais novo, então, acusou o irmão de "bancar o papagaio da narrativa da imprensa" sobre sua companheira.
Harry diz que William o "pegou pela nuca, arrancou um colar e o jogou no chão" e que ainda pediu que não contasse o episódio a Markle. A princípio, o filho caçula da princesa Diana não o fez, mas a esposa questionou sobre os arranhões em seu pescoço e ele relatou a história.
"Caí na tigela de comida do cachorro, que rachou nas minhas costas e os pedaços me cortaram. Fiquei ali por um momento, atordoado, depois me levantei e disse a ele para sair", acrescentou.
O "Guardian" ainda publicou outros detalhes do livro, com Harry acusando William e sua então namorada Kate Middleton, de tê-lo incentivado a usar um uniforme nazista durante uma festa a fantasia em 2005. Ele ainda acusa o pai de desprezo após seu nascimento.
"Agora que você me deu um herdeiro e um reserva, minha missão com você acabou", teria dito Charles para Diana após o nascimento de Harry.
No entanto, o jornal britânico ressalta que o filho mais novo do casal tem um tratamento melhor do pai do que a dada ao irmão, como no ponto em que o atual monarca britânico teria pedido paz entre Harry e William durante o funeral do rei Phillip, em 2021.
"Filhos, eu peço que vocês não tornem infelizes os meus últimos anos de vida", disse aos dois em um momento privado.
Assim como aconteceu quando Harry e Meghan fizeram um documentário contando sua versão da história ao deixarem a família real britânica, William - e outros membros da família real - não devem se manifestar sobre a obra.
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