As 24 estátuas de bronze encontradas em uma espécie de depósito na cidade de San Casciano dei Bagni, na região da Toscana, em novembro do ano passado, serão expostas em uma mostra no Palazzo Quirinale, em Roma, informou o ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, nesta segunda-feira (9).
"Faremos uma grande mostra no Quirinale com os bronzes de San Casciano, que espero já poder abrir nos primeiros dias de maio. O Ministério está comprando um prédio na cidade para colocar em exibição os achados, mas antes quero que eles viajem - por exemplo, pela minha Nápoles, por Milão, por Veneza, antes que voltem para os lugares definitivos", disse à emissora RAI.
Sangiuliano ainda informou que os arqueólogos continuam a trabalhar no local em busca de mais itens históricos.
A descoberta do depósito, que estava no fundo de uma grande piscina da era romana e protegido pela lama e pela água durante mais de 2,3 mil anos, foi considerada "excepcional" e "única". A quantidade de peças, incluindo cinco delas com quase um metro de altura, é a maior da Antiguidade já feita na história da Itália.
Além das estátuas, o tesouro ainda incluía uma grande quantidade de inscrições em latim e etrusco e milhares de moedas.
Segundo os arqueólogos, as peças foram esculpidas por artesãos locais entre os séculos 2 a.C. e 1 d.C., mas a piscina - que fazia parte de um complexo de águas termais - existia pelo menos desde o século 3 a.C. e permaneceu ativa até 5 d.C. - quando foi lacrada.
Entre as figuras retratadas estão Higeia, deusa grega da saúde e tida como filha ou esposa de Asclépio, deus da medicina, e Apolo, um dos deuses do Olimpo.
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