Uma série de afrescos da capela de San Martino da Basílica de São Francisco de Assis, na região da Úmbria, centro da Itália, foi restaurada depois de oito meses de trabalho.
A capela com afrescos datados entre 1313 e 1318, de Simone Martini, localizada no igreja inferior da Basílica, retorna ao seu antigo esplendor e poderá ser visitada por peregrinos e turistas.
"Uma aventura apaixonante", descreveu o restaurador-chefe, Sergio Fusetti, durante a reabertura do local ao público no último fim de semana. "Um trabalho com incomparável requinte".
Com o término da conservação das pinturas, conclui-se o restauro de uma das últimas obras inauguradas após os terremotos de 1997, com tremores que também atingiram fortemente a Basílica.
"Ao contrário dos cenários de Giotto, esse ciclo de afrescos tem um caráter mais de conto de fadas. De perto dá para ver todo o requinte minimalista de como era o artista", destacou Fusetti.
As obras restauradas foram apresentadas na sala de imprensa do Sagrado Convento pela equipe de técnicos de restauro e conservação do Patrimônio Cultural, liderada por Fusetti.
A cerimônia também contou com a presença do guardião do Sagrado Convento de Assis, frei Marco Moroni, do responsável pela área histórico-artística da Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagismo da Úmbria, Giovanni Luca Delogu, e do diretor da Galeria Nacional da Úmbria, Marco Pierini.
Construída três anos após a morte de São Francisco, em meados do século 13, a Basílica Superior de Assis é um dos primeiros modelos do gótico italiano e abriga, desde 1230, os restos mortais do santo. O local foi declarado Patrimônio da Humanidade em 2000.
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