O Brasil celebra oficialmente nesta terça-feira (21) o Dia do Imigrante Italiano, instituído em 2008 para homenagear o maior movimento migratório internacional da história do país.
Essa data foi escolhida para relembrar a chegada em Vitória (ES) do navio La Sofia, em 21 de fevereiro de 1874, que ficou marcada como o início do processo de migração em massa de italianos para o Brasil.
Segundo o projeto de lei que instituiu a data, de autoria do ex-senador capixaba Gerson Camata (1941-2018), o objetivo é "prestar a devida homenagem ao imigrante italiano, que, vindo de terras tão distantes, aqui se instalou e se fez gente nossa".
A chamada Expedição Tabacchi partiu do porto de Gênova e levou ao Espírito Santo italianos do Trentino, que, na época, pertencia ao Império Austro-Húngaro. Mas antes disso já havia relatos sobre a presença de colonos em Santa Catarina, tanto que existe uma disputa sobre a origem do fenômeno.
A polêmica se dá porque, em 1836, estabeleceu-se na atual São João Batista (SC) uma colônia chamada Nova Itália, formada por cerca de 30 famílias provenientes da Ligúria, então pertencente ao Reino da Sardenha.
No entanto, os defensores do Espírito Santo alegam que a chegada de colonos ao Sul na primeira metade do século 19 foi um movimento isolado, enquanto a Expedição Tabacchi deu início de fato à imigração em massa de italianos para o Brasil.
O navio La Sofia trouxe ao país 386 pessoas, sendo que a maioria delas tinha passaporte austríaco, já que os imigrantes vinham sobretudo do Trentino, que só seria anexado pela Itália após a Primeira Guerra Mundial.
A expedição para o Espírito Santo foi organizada por Pietro Tabacchi, um comerciante que havia falido nos anos 1850 e viajado ao Brasil para escapar dos credores.
Muitos desses imigrantes acabaram se fixando em Santa Teresa, reconhecida oficialmente pelo então presidente Michel Temer em 2018 como "pioneira da imigração italiana no Brasil". (ANSA)
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