e a série tenta, ao menos parcialmente, dar um reconhecimento póstumo a ela.
"A série que nós escrevemos não é a história de sua vida. Poderia ser definida como uma procedimento clássico, com os casos de destaque, os homicídios, as investigações e os jogos de cena finais. Mas, para além dos casos individuais, para além do mundo do fim dos anos 1800 que nós nos divertimos em reconstruir, para além dos julgamentos e dos encantos da nossa protagonista, o essencial para nós é o seu espírito - e quero usar uma palavra, a mais justa para defini-lo: anticonformismo", disse Rovere.
Outro ponto é também mostrar a ousadia da história de Poët ao mesmo tempo em que o mundo passava por uma grande transformação, com a chegada da luz elétrica (Turim foi a primeira cidade italiana a ter o serviço), do telefone e da imprensa.
Já o guarda-roupa da protagonista foi inspirado nos tecidos da histórica Tessitura Luigi Bevilacqua, de Veneza, onde até hoje se produzem veludos a mão por métodos centenários.
A série que se passa em Turim também fez de tudo para tentar se parecer com a cidade naqueles anos - o que exigiu a cobertura de grandes áreas atuais das locações nas gravações externas.
Além disso, os produtores construíram a primeira "máquina da verdade" com base nos desenhos originais italianos e também o muro externo da casa de Poët - que precisou ser montado e desmontado três vezes por conta da neve que caiu na cidade.
Entre alguns pontos usados pela produção para a gravação estão a Ex Curia Maxima, da rua Corte d'Appello, o Palazzo Falletti Barolo e o Palazzo dei Cavalieri, o Museu del Carcere Le Nuove e a icônica Praça Cavour.
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