A apresentação da reforma, possível graças à contribuição da ONG Save Venice, contou com a presença do prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, do presidente da comunidade judaica, Dario Calimani, do rabino-chefe, Avraham Sermoneta.
Esta é considerada uma etapa importante do projeto de restauração que ocorre há três anos no Gueto de Veneza, uma área museológica e sinagoga com cerca de 2 mil metros quadrados.
Construída em 1575, última ordem de tempo das sinagogas construídas durante a República de Veneza no Gueto Novo, no distrito de Cannaregio, é reconhecida por seu exterior pelas cinco grandes janelas em arco que lembra a Grande Escola Alemã e por uma pequena cúpula barroca que domina a abside.
"Nenhuma pompa e ostentação eram permitidas no exterior. A beleza só podia ser expressa no interior. Desta forma, o espaço religioso coexiste com o espaço secular das casas circundantes e subjacentes. Acima, porém, existe apenas o céu", explicou Calimani.
Durante a cerimônia de reinauguração, o prefeito de Veneza aproveitou para parabenizar a comunidade judaica da cidade, que "é um grande orgulho", e agradeceu a Save Venice "por sua contribuição na restauração desta joia arquitetônica e cultural".
"O exemplo desta comunidade merece ser lembrado no que diz respeito ao tema da integração: os judeus foram presos, segregados e protegidos pela República de Veneza, mas com o tempo ganharam respeito pelo seu trabalho e as portas do Gueto nunca mais foram fechadas", acrescentou Brugnaro.
De acordo com o prefeito italiano, "este exemplo de iniciativa, colaboração, vontade de reconhecer um enriquecimento no outro, também pode ser um exemplo hoje". "Veneza, em sua história, mostrou como o respeito mútuo é fundamental. Acho que esta é a mensagem mais importante que pode partir deste lugar cheio de significado", concluiu.
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