Cinco membros do grupo ambientalista Última Geração espalharam tinta vermelha diante do Batistério da Catedral de Florença, em mais um ato de desobediência civil contra obras de arte na Itália para protestar contra a crise climática.
A manifestação, segundo os ativistas, também foi uma forma de solidariedade por dois membros do grupo condenados a nove meses de prisão, com pena suspensa, e multa de 1,5 mil euros no Vaticano por causa de danos em uma escultura nos chamados "Museus do Papa".
"Hoje nós colocamos essa tinta vermelha sobre nossos corpos, uma metáfora do sangue do martírio, porque escolhemos a vida em face à crise climática", disse o Última Geração, que já realizou uma série de manifestações semelhantes em museus e locais de cultura no país", declarou.
O grupo também levantou um cartaz com a frase "Não vamos pagar pelos combustíveis fósseis", em sintonia com uma de suas principais bandeiras, que é o fim dos subsídios a esse tipo de fonte energética.
Segundo a Opera del Duomo, entidade responsável pela gestão da Catedral de Florença, o protesto não provocou danos, e o Batistério permanece aberto normalmente. O ato, no entanto, gerou críticas da direita italiana.
"Esses idiotas inúteis gostariam de denunciar o problema das mudanças climáticas deturpando os nossos monumentos, mas qual o sentido disso? Não esqueçamos que, para limpar suas bravatas, é preciso gastar dinheiro público que poderia ser destinado a algo mais útil", afirmou a representação local do partido Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni. (ANSA)
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