A antiga residência do mafioso Al Capone em Miami, nos Estados Unidos, foi demolida apesar dos esforços de grupos defensores do patrimônio cultural tentarem preservá-la.
De acordo com a imprensa norte-americana, citando um porta-voz do governo da cidade, antes da demolição, o Conselho de Preservação Histórica de Miami Beach estava considerando conceder à residência a designação de "casa histórica".
A entrada em vigor de uma nova lei, no entanto, não dá autoridade para o conselho considerar a prática sem o consentimento do proprietário da vila.
Com estilo colonial, a residência é localizada à beira-mar em Palm Island e conta com dois andares, oito quartos, oito banheiros, uma sauna, um spa e uma grande piscina, além de ser circundada por palmeiras.
O imóvel foi vendido em outubro de 2021 por US$ 15,5 milhões para o incorporador de imóveis Todd Glaser e o investidor Nelson Gonzalez. O objetivo da dupla sempre foi demolir o local e apagar o legado do mafioso, mas a questão havia gerado um grande debate na comunidade.
Segundo Glaser, a casa sofreu danos extensos, com parte da estrutura submersa devido às enchentes. "É uma merda, é uma pena para Miami Beach", comentou ele.
A vila originalmente pertencia a Clarence Busch da dinastia Anhueser-Busch, que já controlou a maior cervejaria do mundo. No entanto, o gangster natural de Chicago comprou o imóvel em 1928 - seis anos após a sua construção - por US$ 40 mil.
Além de ter morado na mansão durante o tempo que ficou foragido, a casa foi onde ele faleceu, aos 48 anos, vítima de um ataque cardíaco e um AVC. Acredita-se também que ele tenha planejado o Massacre do "Dia de São Valentim", no qual sete membros de uma gangue rival foram assassinados em um estacionamento de Chicago por homens disfarçados de policiais.
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